Um Singelo Adeus

Para o que é amorfo não existe o sofrimento. O que restará de mim posso categorizar friamente. Matéria. Condena-se o ato. Amotina-se em alforria. 

Que em meu funeral reverbere:

Pranto de Poeta – Cartola; Rock & Roll – The Velvet Underground; Tutto Nero – Caterina Caselli; Um Lugar do Caralho – Júpiter Maçã; Moleque Maravilhoso – Raul Seixas; A Luz e a Semente – Sérgio Sampaio; Claustrofobia – Edy Star; Não Estou Nem Aí – Arnaldo Baptista; Magic is a Child – Nektar; Austin Osman Spare – Bulldog Breed; Tarot Will Teach You – Alejandro Jodorowsky; Filosofia – Chico Buarque; Meu Refrão – Chico Buarque; Sonata para piano nº 14 em dó sustenido menor, Op 27, nº 2 – Beethoven, por Paul Lewis; Music Is The Healing Force of The Universe – Albert Ayler; Om – John Coltrane; The Creator Has a Master Plan – Pharaoh Sanders; A Sagração da Primavera, Parte 2 “O Sacrifício”: Dança Sacrificial – Stravinsky, por Péter Eötvös e Junge Deutsche Philharmonie; Meus 26 Anos – Patrulha do Espaço; Paulicéia – Flicts; Punk Até a Morte – Deserdados; Chegada de Lampião no Inferno – Interpretada por Ary Toledo; Para Onde Vão os Meninos de São Mateus? – Rodrigo Campos; Saravá Project/Exú – Funk Buia, Adriano Magoo, Evaldo Luna.

E que em minha lápide leia-se:

“Somos reflexo da incoerência que lhes fazem corretos. Nossa loucura é Hamletiana.”

A lei é movimento.